Expansão temporal do militarismo: captura do futuro no engajamento militar doméstico no Brasil
DOI:
https://doi.org/10.26792/rbed.v11i2.75397Resumo
A atuação das forças armadas no interior das fronteiras do Estado é um fenômeno central no debate sobre a relação da instituição militar com o Estado e a sociedade no Brasil. No presente artigo, argumentamos que a atuação doméstica das forças armadas brasileiras é perpassada por dinâmicas de produção de imagens de futuro, que se estabelecem em duas temporalidades. A primeira, de longo prazo, está vinculada a uma noção de desenvolvimento definido e guiado pelo instrumento militar. Deste modo, define o futuro ao qual se deve chegar, limitando outras possibilidades e visões alternativas, em uma lógica de predição. A segunda, de curto prazo, está expressa em práticas de antecipação que permeiam as operações domésticas, como operações de Garantia da Lei e da Ordem e ações cívico-sociais. Esta, por sua vez, representa modos de operacionalização da produção da ordem interna, vislumbrada na imagem de longo prazo. Assim, argumentamos que uma das dimensões do militarismo no Brasil também é sua expansão temporal.
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