O corpo feminino, frágil, malsão: um estudo do habitus de gênero dos militares combatentes do Exército Brasileiro
DOI:
https://doi.org/10.26792/rbed.v2n1.2015.55053Palavras-chave:
Forças Armadas, Democracia, inserção feminina, mulheres, gênero, linha de frente.Resumo
Caracterizou-se, por meio de entrevistas não estruturadas, o habitus de gê- nero dos militares combatentes no Exército Brasileiro. Neste sentido, o presente estudo realizou entrevistas abertas com 25 oficiais de diferentes quadros, armas e serviços da linha bélica, instrutores de um Estabelecimento de Ensino do Departamento de Educação e Cultura do Exército (DECEx), enfocando os aspectos relacionados com o desempenho das atividades esportivas e de campanha por mulheres e homens nas institui- ções militares, o estatuto das mulheres na estrutura de poder militar e as relações entre gênero e doutrina militar. Constatou-se a presença de um discurso médico positivista, que reduz o corpo feminino às suas funções socialmente estabelecidas de reprodução e cuidado e, portanto, considerando-o incompatível com o combate. Deste modo, os aspectos femininos são sempre interpretados a partir de indícios sugestivos de fragilidade fí- sica, que se opõem ao valor da rusticidade, central na profissão militar, de suportar condições físicas e materiais hostis, que é percebido como um atributo propriamente masculino.
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