Força militar dos EUA no pós-guerra fria: ganhando batalhas e perdendo guerras

Autores

  • Humberto Lourenção
  • Luis Eduardo Pombo Celles Cordeiro

DOI:

https://doi.org/10.26792/rbed.v3n2.2016.72425

Palavras-chave:

Guerra, Guerras Pós-Modernas, EUA

Resumo

Este texto analisa as campanhas de emprego de força militar que os Estados Unidos da América (EUA) empreenderam entre o término da Guerra Fria e os dias atuais, à luz dos conceitos de novas ameaças. A posição militar hegemônica estadunidense inspira um grande número de atores presentes no cenário internacional, justificando assim uma análise sobre os resultados obtidos. O emprego crescente de forças especiais no período analisado constitui a tônica da evolução do emprego da força por parte dos EUA. Entretanto, pode-se afirmar que os EUA têm ganhado as batalhas em que se meteu recentemente, mas estão perdendo as guerras pós-modernas. São vitórias muito insatisfatórias na medida em que ocorrem só a nível militar, indo na contramão do atual pensamento estratégico que fundamenta a importância dos aspectos psicossociais de uma batalha. Apesar desses elementos estarem presentes no discurso do próprio governo norte-americano, eles ainda não foram incorporados nas práticas de guerra.

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Publicado

2017-06-24

Como Citar

Lourenção, H., & Cordeiro, L. E. P. C. (2017). Força militar dos EUA no pós-guerra fria: ganhando batalhas e perdendo guerras. Revista Brasileira De Estudos De Defesa, 3(2). https://doi.org/10.26792/rbed.v3n2.2016.72425

Edição

Seção

Artigos