Entre “patriotas”: dos acampamentos ao 8/1
DOI:
https://doi.org/10.26792/rbed.v11i2.75396Resumo
Este artigo tem por objetivo mostrar a recente dinâmica de formação de um campo discursivo à direita que culminou nos eventos de 8 de janeiro de 2023. Mostraremos como uma série de deslizamentos, sequestros e imagens especulares produziram um campo político que se define por uma espécie de ação performática promotora de uma nova identidade e de um novo lugar de reconhecimento em grande parte associado ao militarismo intervencionista. Analisando a relação de aparente inação plasmada a uma chancela da Instituição Militar
aos pedidos de intervenção, observamos uma duplicidade de posições intencional por parte da cadeia de comando militar. Isto foi identificado tanto recapitulando posições políticas ao longo dos últimos anos quanto em uma pesquisa de
campo nos próprios acampamentos. Como hipótese, sugerimos que a instituição investiu na ideia da adesão voluntária de militares arrastados para a política por um histriônico líder populista que galvanizava uma ação política radical nos acampamentos, enquanto a instituição procurava se preservar. Assim sendo, este trabalho é também um esforço interpretativo de situar outros reflexos possíveis junto ao espelho patriota dos acampamentos.
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Copyright (c) 2024 Guilherme Alessandro Lemos da Silva Moreira de Souza, Piero Leirner
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