Anistia para quem? Um estudo comparativo da trajetória dos atores sociais da revolta de oficiais de 1893 e da revolta de marinheiros de 1910 no tempo longo
DOI:
https://doi.org/10.26792/rbed.v11i1.75414Resumo
No final do século XIX e início do XX, duas importantes revoltas marcam a história da Marinha. A primeira, conhecida como Revolta da Armada, ocorre em 1893 e também ficou conhecida como uma revolta de oficiais. A segunda, chamada Revolta da Chibata, foi organizada por praças da Marinha no Rio de Janeiro em 1910, na maioria pretos e pardos, contra os castigos corporais. Os principais atores envolvidos nos dois acontecimentos foram anistiados. No entanto, o tratamento que receberam e o reconhecimento no interior da Marinha foram bastante diferentes. No primeiro caso, os principais líderes retomam seus estatutos de oficiais, são condecorados, promovidos, como Custódio de Melo, Saldanha da Gama e Eduardo Wandenkolk, e tornam-se até mesmo Ministros da Marinha, como Alexandrino de Alencar. No segundo caso, os praças são perseguidos no interior e no exterior da Marinha, como os marinheiros João Cândido, Francisco Dias Martins, Gregório do Nascimento, Adalberto Ribas e outros. Este artigo pretende analisar essas trajetórias de forma comparativa, discutindo a ação da Marinha num tempo longo, a memória interna na história naval, bem como as formas de reconhecimento nacional na esfera política e civil dos dois acontecimentos e de seus atores, que se situam na história da Primeira República brasileira, mas apresentam desdobramentos durante todo o século XX e até os dias de hoje.
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